O rodshow que o Grupo PT tem vindo a fazer, com a presença do seu presidente Horta e Costa, por várias cidades do País, nomeadamente Coimbra, mereceu a crítica do Sector de Comunicações de Coimbra do PCP, para quem os seus os avultados custos não se traduzirão pela resolução de qualquer dos problemas da PT, seja da falta de equipamentos e materiais ou de investimentos e manutenção adequada à rede, já a «rebentar pelas costuras».
O PCP, lembrando entretanto os cerca de 90 milhões de contos que a PT teve em 2004, denuncia os «prémios escandalosos» (entre os 40 e os 100 mil contos) distribuídos a Horta e Costa e à sua administração, ao mesmo tempo que os trabalhadores - «os verdadeiros obreiros de tais resultados» - serão ignorados ou receberão uns «míseros euros», apesar da elevada produtividade registada.
Ao mesmo tempo, os clientes e utentes do serviço telefónico vão continuar a pagar preços exorbitantes por um serviço que se deteriora em resultado da falta de investimento, do caos organizativo e da sub-contratação. Portugal é, aliás, o país da Europa com mais elevados níveis de preços em telecomunicações.
Com a privatização das telecomunicações, o Orçamento Geral do Estado vai perder também «uma grossa fatia de rendimentos e impostos», alertam os comunistas, segundo os quais a PT, com as contratações altamente remuneradas que tem feito, «tornou-se numa Santa Casa de luxo, para boys e comissários políticos dos partidos do poder e no Governo».